Infelizmente nesse domingo (25/01) perdemos uma grande dama do samba, Julçária Cruz Costa. Essa mulher, guerreira, amiga, mãe, fantástica, sambeira era o pilar do samba no subúrbio do Rio. A maior incentivadora da nova geração do samba.
Graças a Deus tive o privilégio de conviver muitos anos ao seu lado, escutei histórias, aprendi muitos sambas, ria bastante quando ela falava que ia contar para minha namorada as minhas andanças rsrsrsrsrs, pois não podia ficar conversando com ninguém que já falava: sabe que ele é casado, tem duas filhas, toma juízo, rsrsrs, olha a língua!, vou contar tudinho quando ela chegar aqui e chamava-a carinhosamente de “Dá Cumbuca” rsrsrsrs...
Mesmo com bastante dificuldade, era figura presente nos meus aniversários, as vezes também no Pagode da Tia Ciça. Gostava muito de conversar com ela, sempre queria saber como estava minha vida, família, filhas, trabalhos, que saudade!
Toquei alguns anos no Pagode da Tia Doca, que foi minha maior escola. Conheci muitos sambistas, fiz grandes amizades, sambei, aprendi sambas, cresci musicalmente e fui incentivado por ela e pelo Nem, seu filho, que chamo de BIGODE, a ver o samba de forma diferente. Na época estava começando o Pagode da Tia Ciça como outros amigos e eles, como eu já disse, incentivaram muito, muito, muito!
Agradeço aos dois pela a ajuda que me deram.
Vou colocar uma música do meu tio Eli Santos e Cristian, pois na época, iriamos gravar essa canção no CD da Tia Doca, mas não rolou.
Nosso canto é adubo consistente
Nele a raiz se fortalece
Artifício que se mostra convincente
Pois o que é bom nunca perece
Um clamor estridente
Que se faz presente
E que sutilmente
Conquista aquele que é diferente
Que não se comove ao cantar
E assim premeditaram os poetas ancestrais
Sofreremos influências de mesmices tão banais
Mas a nossa poesia
Não se renderá jamais
Enquanto houver o querer
Teremos poder e muito mais
Paz que encanta
O nosso samba é um jardim de faz de conta
E o poder para o florir
Só tem quem canta
Buquê de versos concebidos na garganta
Respeito e glória
Tem todo aquele que é vanguarda
Nessa história
Mas pro sambista verdadeiro que importa
São travessas batucadas
No quintal da Tia Doca
Graças a Deus tive o privilégio de conviver muitos anos ao seu lado, escutei histórias, aprendi muitos sambas, ria bastante quando ela falava que ia contar para minha namorada as minhas andanças rsrsrsrsrs, pois não podia ficar conversando com ninguém que já falava: sabe que ele é casado, tem duas filhas, toma juízo, rsrsrs, olha a língua!, vou contar tudinho quando ela chegar aqui e chamava-a carinhosamente de “Dá Cumbuca” rsrsrsrs...
Mesmo com bastante dificuldade, era figura presente nos meus aniversários, as vezes também no Pagode da Tia Ciça. Gostava muito de conversar com ela, sempre queria saber como estava minha vida, família, filhas, trabalhos, que saudade!
Toquei alguns anos no Pagode da Tia Doca, que foi minha maior escola. Conheci muitos sambistas, fiz grandes amizades, sambei, aprendi sambas, cresci musicalmente e fui incentivado por ela e pelo Nem, seu filho, que chamo de BIGODE, a ver o samba de forma diferente. Na época estava começando o Pagode da Tia Ciça como outros amigos e eles, como eu já disse, incentivaram muito, muito, muito!
Agradeço aos dois pela a ajuda que me deram.
Vou colocar uma música do meu tio Eli Santos e Cristian, pois na época, iriamos gravar essa canção no CD da Tia Doca, mas não rolou.
Nosso canto é adubo consistente
Nele a raiz se fortalece
Artifício que se mostra convincente
Pois o que é bom nunca perece
Um clamor estridente
Que se faz presente
E que sutilmente
Conquista aquele que é diferente
Que não se comove ao cantar
E assim premeditaram os poetas ancestrais
Sofreremos influências de mesmices tão banais
Mas a nossa poesia
Não se renderá jamais
Enquanto houver o querer
Teremos poder e muito mais
Paz que encanta
O nosso samba é um jardim de faz de conta
E o poder para o florir
Só tem quem canta
Buquê de versos concebidos na garganta
Respeito e glória
Tem todo aquele que é vanguarda
Nessa história
Mas pro sambista verdadeiro que importa
São travessas batucadas
No quintal da Tia Doca